sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Oxímoro

Eu tenho orgulho de quem eu me tornei, de tudo que superei, das dores, das adversidades. Eu achei em mim a minha própria fortaleza. Não ousaria dizer que admiro a natureza, a política e a vida com a mesma intensidade de antes. Apenas como oxímoro.

Ninguém me contemplaria mais do que eu mesmo. Fiz de mim todas as coisas que amo e admiro, até mesmo as que odeio.

E tudo que eu deixei pra trás? E todos os sacrifícios que eu fiz? E a vida que eu optei por não ter? Sim, e com ela todas as pessoas que ficaram no passado. Não as desejo nada, elas terão a sua própria sorte.

Se eu procurasse pelo Breno de 10 anos atrás eu não o encontraria. Ele se foi. Há muito tempo. Eu enterrei ele há muitos anos. Me assusta que não tenha restado muito dele. Me consola de que este seja o movimento natural da vida.