terça-feira, 16 de junho de 2015

O Barão

Quanto mais te tenho, mais te quero.

Dediquei algumas horas do meu dia tentando entender onde você estava, que não aqui. Não sei se lhe expliquei corretamente como me sinto, por isso digo sempre que aprecio sua existência próxima a minha, com ênfase, sem querer ser prolixo.

Resisto em me alongar, quero ser breve, mas me encontro neste eterno estado de contemplação. Tenho acordado todos os dias no exato momento em que sei que vais ao trabalho, quase sinto o beijo de "bom dia".

Recebo com alegria teus dizeres matutinos, não importa a hora. Te escrevo porque fui acometido de uma saudade que parece tola e simultaneamente razoável e compreensível, embora tenha te visto ontem. E mesmo que o tempo esteja a nosso favor eu mal posso esperar para seguir contigo.

Almost there. September, 2014.

Esse ano eu quase amei. Tive dois amores. Os dois surgiram como príncipes garbosos, astutos, donos de si e ainda que parecessem despropositados, se importavam (importam) muitíssimo com a segurança do seu próprio coração, egoísmo. Todo esse autocontrole para no final se provarem duas crianças chatas, que mais pediam atenção do que retornavam.

Esta semana foi excepcionalmente distinta para mim. Terminei as aulas da graduação e isso me trouxe um misto de sensações. Não sabia ao certo se deveria encontrar-me grato pela condição, ou infeliz por não ter ninguém em especial para comemorar.

Fiquei imaginando se meus amores me dariam um abraço emocionado mais altruístas por mim. Achei satírico o desejo e tratei de esquecê-lo. Talvez, na verdade, seja meu orgulho e arrogância que os tenha levado para o lado oposto da mesa. Fiquei extremamente triste com essa possibilidade. Me achei estranho, a final, não é normal não conseguir amar e ser recíproco.