Eu tenho muita empatia, sabe. Como duas boas cristãs esse é um dos principais valores que minha mãe e avó me ensinaram. Não meço esforços pra fazer o bem e espalhar o amor. Até agora eu tenho sido assim.
Ano passado depois de perder tanto dinheiro precisei ligar pra minha mãe pedindo pra ela me desautorizar a ser bonzinho e ajudar todo mundo. Depois de 27 anos eu consegui me libertar de ajudar sem critérios. "Ô mãe, a senhora me ensinou a "fazer o bem sem olhar a quem", mas eu já tô meio de saco cheio de perder tanto dinheiro com gente ingrata. Não dá pra sra me desautorizar a ajudar todo mundo? Esse valor tá muito impregnado em mim, eu preciso que a sra diga que eu não vou me tornar um escroto por criar critérios de quem eu posso ajudar." Ela brincou "Não, não. Não faça mais assim deliberadamente. Guarde seu dinheiro."
Eu jamais deixo ninguém ao meu redor necessitado. Mas ultimamente eu tenho sentido forte na pele o que é ingratidão. O que é você dar e ver a pessoa cagando quando você precisa de volta. Só que eu não grito por socorro, se a pessoa tá do meu lado, já ajudei 500 vezes ela e não consegue perceber que dessa vez eu que tô precisando, então blz.
Eu sou o tipo que se a pessoa tá precisando de mim eu saio de madrugada e vou onde a pessoa estiver precisando. Eu ajudei muita gente. De todas as formas, emprestando dinheiro, dando comida, roupa, sapato, remédio, levando no médico, indo fazer companhia... chega uma hora q cansa. Cansa vc saber que vc tá ali ajudando e a pessoa sequer tem gratidão.
Sinceramente, eu não pretendo mais emprestar dinheiro pra ninguém em nenhuma circunstância, nem deixar meu celular ligado 24 h pra estar disponível para as urgências alheias, nem emprestar cartão de crédito, nem bancar a dama de companhia. Já me cansei, viu.
Eu tenho um palpite de que a maioria das pessoas hoje em dia prefere a imagem do egoísta filho da puta, do que do amigo.
Ok then, shall will be done.
Obs: já estou vendo só os mais culpados virem me criticar 😘
