quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Give me a break

Deixa eu te pedir uma coisa. Para de falar comigo. Só por uns tempos. Não é definitivo, eu acho. O tempo vai dizer quem é de verdade. Não, eu não te odeio, o contrário disso. Aliás, exatamente isso. Não quero te odiar, sentir ranço.

É só que não precisa me mandar bom dia. Não me cumprimenta como se as coisas estivessem ok. Não seja educado na intenção de se redimir. Eu não preciso da sua educação.

Não queira ser meu amigo. Nós nunca tivemos a intenção de ser amigos. E agora seria forçado demais. Talvez isso. Talvez teria sido melhor primeiro ter forjado uma amizade.

Eu não minto bem. Não saberia fingir que sou teu amigo. Não vou sequer por educação fingir que já passou, que eu sou maduro demais pra superar o mal que me fez ter te visto mentindo. Eu não gostei. Não aprovei seu comportamento.

Agora qual a necessidade de mentir pra mim? A sinceridade é tão bonita. E não me dói. Podias ter se feito claro desde o início ao invés de vestir-se dessa figura tola pega no flagra que não sustentou a ilusão que criou.

Não me dá a mão, não senta perto de mim. Um de nós dois têm que se manter firme. Respeita o meu silêncio, o meu espaço, atende o meu pedido: te afasta. Deixa eu ver se encontro em ti algo que ainda me agrada. Se eu encontrar eu te aviso.

Insisto. Eu te fui cortês. Tu encontrou em mim abrigo, tempo e afeto. Te dei açúcar e um abraço. Não se passaram 3 dias longe e tu me devolves com ingratidão? Não dá. Eu também não dou mole.

Agora vai. Volta atrás do prazer fútil, da conquista breve, nua, crua e frontal. E não te peço nada. Nada do que já pedi antes. Vai. Assim eu posso ter os meus e você os seus. Mesmo que doa mais, tudo se perdeu.

domingo, 24 de dezembro de 2017

You got to get over it

You got get over it.
You made this whole thing in your had.
It happens.
You see one thing and you think that means something, but it doesn't.
Then you start acting like it's real.
You need to stop.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Bitch please

Eu nunca fui uma pessoa de desistir de nada. Sempre insisti na desculpa de estar mantendo o foco, mesmo sem avaliar os riscos e o peso que determinada decisão e situação estavam me trazendo. Eu sempre comecei e terminei tudo porque achava que do contrário estaria fracassando.

Hoje eu tenho plena convicção que as vezes a gente precisa se afastar, tomar um distanciamento e têm coisas na vida que a gente precisa realmente desistir. Têm coisas que fazem mal e nos é imposto como uma necessidade. Se com 18, 19 anos eu tivesse a maturidade que tenho hoje jamais teria insistido tanto tempo em alguns lugares e pessoas. Eu teria mandado tudo a merda e teria ousado mais.

Eu jamais teria aceitado me manter numa relação abusiva, tentado consertar os erros dos meus ex namorados, ter aceitado traição, manipulação. Porque cá entre nós, as vezes a gente tem que deixar de ser bonzinho, altruísta, que quer ajudar quem está em posição vulnerável. A gente tem que desistir.

As vezes as pessoas simplesmente não valorizam quem você é. Elas querem o material, o tangível, e por outro lado, querem o fetiche, o padrão. Mas não há nada de errado em mim, a falta de caráter é dos outros. Não dá pra bancar a pessoa correta, inteligente que está acima dos defeitos pra fazer sozinho o relacionamento dar certo. Por que a gente é fraco? Não. Porque um relacionamento é feito de duas pessoas, não rola carregar a carga de responsabilidade do outro.

Se eu esqueço das coisas ruins? Aqui não tem otário, nem alzheimer. Se eu tivesse esquecido provavelmente estaria comentendo os mesmos erros com outras pessoas. Eu aprendi. Inevitavelmente a gente segue em frente.

Se eu me arrependo das minhas decisões? Só se eu fosse idiota. Não faz muito sentido se arrepender do que já passou. Se ficam marcas? Absolutamente.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A Árvore

A gente se beijou e prometeu que era sem propósito. Mas um beijo é todo propósito.

Não dá pra você desenhar a gente assim, essa árvore pela metade. Se faltar verde eu compro, mas o marrom tu tens, finca nossa raiz no chão.

Acho complicado que a gente minta assim, deliberadamente. Que finja que não tá rolando nada, que somos o playground um do outro. Não acredito também na validade da troca de status. Que na terça a noite sejamos descompromissados e na quarta de manhã qualquer coisa do outro; suporte material das projeções.

Vem, senta aqui. Experimenta. Não diz nada. Sente. Saboreia. Não quero que te enchas de comprometimento. Aproveita. Não quero teu sexo, esse teu ronronar me basta. Gosto mesmo de te ouvir falando enquanto dorme. Sinto que te abraçando os pesadelos diminuem.

Não vou dizer que não cogitei você ser uma diversão, em seguida fiquei com medo de te ver de novo, de faltar argumentos, de falar alguma babaquice e te afastar. Hesitei em jogar esses dias como uma pequena semente no poço da vida e ela devolver a árvore do teu desenho me dizendo: vc está de novo irreconhecível. Percebi que a semente também está irreconhecível.

sábado, 25 de novembro de 2017

Oh mana, deixa a bicha!

Eu não tava querendo falar sobre o caso do vídeo q o menino de 12 anos tá no aniversário dele, abraçado com o namorado e família e amigos cantando: "é pica, é pica, é rola, é rola..." ♫ mas é o jeito e vamo lá q foi pra isso q eu criei minha conta neste site, pra problematizar a morte da bezerra.

Não tem ninguém indignado com a Larissa Manuela q tá namorando aos 12 anos, beijando na boca e com consentimento dos pais. Pq o do menino gay incomoda tanto e o dela é normal?

As perguntas q todo mundo deveria tá fazendo é: Chamaram a gente pro aniversário? A gente teve q dar presente? Teve q cantar parabéns? Então pq a gente tá discutindo e discordando da vida alheia?

Estou lendo várias pessoas dizendo que não é normal os pais cantarem parabéns dessa forma. Vão me dizer agora que a televisão e o cinema não erotizam adolescentes há décadas? Não existe toda uma indústria da moda que veste adolescentes como garotas de programa (profissão honesta, digna, que tem púbico alvo)? E que dizer do mercado fonográfico que lança adolescentes cantando "roça o peru nela que ela gosta"? E todo mundo canta e engole seco.

Vejo cada vez mais cedo adolescentes entrando na vida sexual, namorando, beijando, transando, engravidando e contraindo doenças sexualmente transmissíveis. Como os pais estão lidando com isso que aqui eu chamarei de problema? Porque o que eu vejo é cada vez mais pais utilizando métodos do passado (castigo, porrada, esculhambação, humilhação) pra tratar de problemas novos de nossa sociedade. Com efeito, cada vez mais os adolescentes vão se afastando de suas famílias e se aprofundando na vida sexual sem consentimentos dos pais, porque ademais, ninguém mais tem controle disso.

O que a minha óptica diz sobre esse vídeo? Eu realmente vejo uma família que com toda as adversidades se mantém unida, fazendo seus esforços para manter seu filho se sentir amado e a salvo de porrada nas ruas do país que mais mata homossexuais, travestis e transgênero no mundo. Eu vejo uma família lutando contra o preconceituo, abrindo as portas do seu lar para o namorado do seu filho, também adolescente e tentando fazer eles se sentirem acolhidos numa festa que celebra mais um dia de sua vida. Dando suporte e tomando o controle da situação. Pondo-os a parte de um mundo cheio de ódio e sofrimento.

E mesmo que a minha visão pareça romântica, eu gostaria de lembrar-lhes que ninguém tem nada a ver com a vida dos outros. Let it go.

Gente, eu não tô aqui pra isso, pra julgar o que é certo, o que é normal. Eu não sou a palmatória do mundo e nem você será. Aliás, o que é normal? Normal é um conjunto de padrões socialmente construídos e aceitáveis. A família desse menino tá fazendo algo ilegal? Vc sabe qual contexto social eles vivem? Será que esse não é o padrão socialmente aceitável no contexto deles? Será que a nossa moral de fora do contexto deles não está tentando criminalizar uma prática comum pra eles? Que direito temos de dizer o que é "normal" para o outro? Vc ia querer que te apregoasse um padrão? Não somos obrigados a concordar com nada, vcs sabem disso. Mas ninguém é obrigado a ouvir nossas opiniões. E quando expomos em público nossa opinião não está blindada, ela é susceptível a erros, pq julgamos a partir do nosso contexto, da nossa construção. Estando "certo" ou "errado" não nos cabe julgar e sentenciar o que sequer está ferindo a lei. So, keep your ladainha to yourself.

Sexualidade é uma parte de nossas vidas que aflora cedo. Todo adolescente de 11 e 12 anos já tem interesse em assuntos sexuais. Isso é um fato, não uma opinião. Agora, não será isso culpa dos próprios pais que ligam a TV no horário nobre e exibem sem nenhum escrúpulo para seus filhos adultos se envolvendo em relações sexuais?

Desde os 7 anos de idade eu já sabia que não era igual aos outros meninos. Aos 12 tinha certeza absoluta que era gay. E veja, eu fui criado numa casa com família cristã, sem ouvir palavrões, sem ver novelas hipersexualizando o comportamento infanto juvenil, minha mãe e minhas tias não eram (e não são) promíscuas, minha avó teve apenas um homem em toda a sua vida, foi casada durante 50 anos até a morte de seu cônjuge.

Quando aos 12 anos resolvi chorando desesperado contar pra minha mãe que achava que era gay, ela gritou, se desesperou igualmente, quis me castigar, passou dias sem falar comigo. Eu achava que ela me entenderia, que podia contar com o seu apoio. Vejam tamanho o despreparo dela para tratar de um assunto tão simples, sexualidade.

Dias depois, pressionado, sentindo-me na obrigação fui a ela dizer que era apenas uma confusão da minha cabeça, que estava triste, mas já tinha passado. Eu menti. Não tinha sido criado para mentir. Mas ela se alegrou, sentiu que seu trabalho estava feito. Tinha me consertado com sua indiferença e desprezo. Nunca mais tocamos no assunto. Eu passei a adolescência fingindo que não namorava com garotas porque não namorava com ninguém. E a vida seguiu tão medíocre que conferimos a ela o status de "normal".

A minha mãe não é uma má pessoa, é só despreparada. Mas tá tudo certo. Paz e amor. Pior foi meu pai que teve que me expulsar de casa para se livrar daquilo que ele mais odiava ver todos os dias, abominava e acha "anormal", um filho gay. Ainda que antes de tudo eu seja seu filho. Não tem problema também. Cada um só dá o que tem. E ao seu dado tempo, cada um colhe o que planta.

A minha sexualidade é culpa da minha mãe? Claro que não. Ain't nobody's fault, people, shake it off! Ninguém escolhe sexualidade. Se fosse elegível eu tinha escolhido ser hétero, ser bem tratado, respeitado e ocupar uma posição de destaque e reconhecimento dentro da sociedade. O contrário, eu assumi o que sou, e pago por isso todos os dias.

Toda essa onda de conservadorismo é a raiz de toda sorte de ignorância e preconceito.

E façam um favor a todos nós, DEIXEM A BICHA EM PAZ!

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Me indignando, me enchendo de tédio.

Eu nem lembro a última vez q a gente se beijou. Pq a gente nunca acha q vai ser a última vez. E a gente quer mais. Mas eu precisava de um sinal de que as coisas iriam mudar. E na ausência desse sinal, na ausência de esperança a gente começa a nutrir um sentimento fúnebre, esse eterno embaraço. Daí a gente permanece fingindo que está sólido sem aplicar qualquer sanção ao que está por vir.

domingo, 1 de outubro de 2017

Velhacaria

Hoje num grupo de WhatsApp de professores publicaram um vídeo falando sobre "Ideologia de gênero". 7 minutos de muitos absurdos. E como eu sou um crítico azedo fiz questão de comentar.

Em primeiro lugar que pra dizer que existe Ideologia de gênero pressupõe-se que exista uma ideologia, pensamento dominante pregado fielmente por um grupo, categoria ou classe. Não condiz a realidade. Ninguém de bom senso e boa fé diz a uma criança q ela não nasce homem ou mulher. Na biologia há um consenso de que nascemos macho ou fêmea. Mas, se uma pessoa chega a conclusão, sem nenhum tipo de "doutrinação" de que ela não é nem macho e nem fêmea, como é o caso dos não binários, quem sou eu pra lhe apregoar algum padrão? Aliás, pra crianças pênis ou vagina serve estritamente para manter as funções biológicas. Elas não conhecem toda essa erotização em cima do sexo que nós adultos conhecemos. Professor que parou na licenciatura não reúne condições pra avaliar e definir sexualidade de ninguém. Talvez os psicólogos - os bem intencionados, estão melhor credenciados para opinar.

Aliás, há um consenso na ciência de que sexualidade não parte da genitália, mas do sistema neural, da complexa cadeia de hormônios, e sobretudo de tantos outros fatores de ordem psicológica.

Um material desses pregando a existência de uma ideologia de gênero com certeza é idealizado por religiosos fanáticos e fundamentalistas. Gente ignorante, que não estuda e difama a ciência. Repudio veementemente esse tipo de ideia. Apropriadamente o colega Jevaldo lembrou que líderes religiosos como o Silas Malafaia são oportunistas, demagogos e usurpadores dos fiéis. Seus discursos como dardos inflamados vem dando subsídio a toda essa polarização relativa a gênero. É uma arruaceiro, agitador.

A minha esperança, claro, é que um dia virá uma classe de professores que não mistura suas crenças particulares religiosas com os interesses do Estado. Ao professor servidor público, agente do Estado é reservado no dever da docência proteger a constituição. Constituição essa que deixa claro a natureza do Estado laico. Não interesse religioso. Desse jeito vamos acabar mudando o nome do país de Brasil pra Cristanistão.

Por isso fica meu repúdio. Tenho desprezo por todo o conservadorismo sórdido e tradicionalismo barato.  Me vem, contudo, a calmaria ao lembrar que esse tipo de pensamento está próximo da aposentadoria. Nós jovens e estudantes vamos corrigir a negligência dos antigos profissionais. É justamente pela velhacaria que existem profissionais em escolas que mesmo sendo concursados para serem professores, fogem da sala de aula como o diabo foge da cruz, acostumam-se a ocupar cargo em equipes gestoras e se escondem dos alunos. Ora, não sabem lidar com problemas contemporâneos. Pelo contrário, por terem terminado a faculdade e não terem prosseguido com os estudos demonstram toda a sua covardia escondendo-se atrás de discursos fundamentalistas, o que é extremamente danoso a educação e quando se transfere pra estrutura do Estado é absorvido como fascismo, fingindo se preocupar com a "moral" pra impor seus discursos de ódio a diversidade sexual.

Não citei nome, mas imediatamente meia dúzia já veio se acusando. Ademais, carapuça é tamanho único. Não cito nome porque o cinismo que alimenta os defensores da existência da "ideologia de gênero" é o mesmo que me consome, só que de maneira contrária. Aliás, cinismo não é exclusividade de ninguém.



domingo, 17 de setembro de 2017

Me pop

"ain, eu sou discreto, fora do meio, não gosto de afeminado, gosto de macho..."

- meu amor, vc dá pinta sim, todo mundo sabe q vc é gay. E ninguém gosta de gay incubado, q usa máscara pra ser socialmente aceito. Vc não passa de um covarde q fica se escondendo com medo se ser reprovado, daí vai vivendo essa vidinha de merda, infeliz. Até pq os q gostam de "macho" vivem nessa ilusão de encontrar "o macho alfa". Tá todo mundo cheio de desejo e ninguém chega junto. Vc faz essa imagem de q não gosta de afeminado e no final faz a mesma q o afeminado. Ser passivo com imagem heteronormativa não te faz menos gay. Pior ainda são os ativos q querem bancar o "não sou viada pq eu só como". Só q o afeminado tem coragem de viver a própria sexualidade e vc fica aí pagando de mal comido. Os afeminados fazem ouvir suas vozes para legitimar nosso direito de ser como quisermos, e vc covarde se beneficia das mesmas conquistas sociais, apesar de ser um peso pro grupo. Vc realmente não faz parte do nosso meio, o nosso vale não merece ter alguém preconceituoso e desprezível. Fica aí na sua bolha, sozinho até vc refletir e deixar de ser escroto.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Também não dou mole

Não sou de falar sobre como me sinto pra pessoa que me ofende. Sou assim desde criança. Detesto conversas extensas sobre sentimentos, acho frívolo. Puxei a minha mãe. A pessoa me ofende, eu me afasto sem dar explicações. Não gosto. Acho um desgaste desproporcional. Faço isso puramente para me proteger. Recuo mesmo, de prontidão. Minha mãe sempre diz que dá um boi pra não entrar numa briga, e uma boiada pra não sair dela. Eu também. Pareço brigão, faço contenda e questão por tudo. Mas Deus sabe o esforço que eu faço pra não entrar em conflito.

Lembro de ter parado de conversar com a professora de francês quando eu tinha 11 anos. Ela foi rude, se desculpou porque é assim que manda a etiqueta, mas nunca mais ouviu nada além do necessário de mim. Nunca tolerei falta de respeito.

Sou tímido. Não é por falar muito que sou extrovertido, por amor de Deus! Falar muito é ser tagarela, ter opinião. Mas não discuto sentimento com qualquer um. E quando alguém me ofende eu fico por ali pelo canto remoendo, me indignando, me enchendo de tédio, engolindo como quem engole um remédio ruim, me afasto até matar a pessoa dentro de mim.

Tantos outros com quem eu perdi contato acharam que eu me afastei por orgulho, prepotência, talvez seja por isso também. Mas eminentemente por proteção. Sinto que se te mato ganho sobrevida. E não me venha com receita de bolo sobre "nós conseguimos superar isso conversando". O ofendido é quem sabe o próprio fardo.

Odeio pedidos de desculpas quando a pessoa faz algo que obviamente é intencional. Não tem nada mais incompetente do que pedir desculpas. Pedir desculpas pressupõe que você teria feito diferente. Se vc fez de maneira intencional, vc teria feito diferente?

Eu simplesmente não sou de expor sentimentos. Posso até mostrar a intenção, mas não dou mole. Eu nunca fiz isso e tá longe de eu ter a capacidade de fazer agora. Aliás agora contraditoriamente estou fazendo simplesmente pela força do ímpeto que me acometeu.

Já até tentei debater com o meu último desafeto. Foram os piores 3 minutos da minha vida. Um horror ficar de peito aberto. Sinto que dizendo como me sinto acabo parecendo uma fraude. Porque aparento ser uma planta de raízes profundas. Sou uma daninha, indesejável, uma praga. Por definição rústica.

Detesto quando me ofendem e tentam relativizar "ai, você é muito sensível". Não espere que eu rasgue explicações viris. Se eu chorar você até se comove, mas assim já é demais, nem eu me aguento.

Se você me ganhou de presente, com laço e etiqueta de garantida você que tenha cuidado com as suas palavras. As palavras fogem. Constroem e destroem. Não me acerte. Escolha com cuidado pra não me aviltar. Não pense que um pedido de desculpas me faz ter amnésia. Vai tá tudo bem guardado pra sempre ser lembrado. Porque eu também não dou mole.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Drop That Diva


Eu insisto que Drop That Diva é uma das melhores comédia/drama de todos os tempos, mesmo que eu não goste de quase nenhuma série desse gênero. A Jane Bingum é bem sucedida profissionalmente em todos os episódios, mas só se mantém naquele escritório porque espera um dia poder contar ao Greyson que na verdade ela é a Deb, amor da vida dele, mesmo sabendo que esse recomeço precisa ser logo.

Jane ou Eu, com o coração encharcado de vinho, é melhor deixar os créditos subirem.

Um ensaio sobre a mentira.

Eu não tenho formação acadêmica em psicologia, neuropsicologia, psiquiatria ou afins, mas confesso que já li bastante e é uma área que me fascina. E este também não é um comentário acadêmico, são só algumas observações do senso comum.

Acho normal e até compreensível quem mente para se sair de alguma situação desagradável ou para não se comprometer nas diversas nuances da vida, seja profissional, pessoal etc. A mentira, quando esporádica é até perdoável - em certo limites, desde que não influencie nas suas relações sociais, comprometa a integridade e dignidade própria ou dos outros.

É interessante ver a mudança concreta, porém inconsciente de quem mente.

Doi.

Adianta gostar?
Adianta se tudo que você quer é estar perto da pessoa? Quando tudo o que você quer é olhar dele penetrando um fio da sua própria essência. Nada digital love, tudo in personal.
Dói. Rasga a derme e a epiderme. Rasga o último fio de esperança. Rasga a última coisa boa desta carne e osso.

Post it. Put on the door of freezer.

Gostaria de deixar aqui registrado para o meu eu futuro que hoje, 24/01/2013 eu estava insistindo em um relacionamento que obviamente não tem nem pé e nem cabeça. Como já fiz antes, pelo menos quatro vezes. Num relacionamento onde o que eu faço não é recíproco e quase todas as minhas atitudes são mal interpretadas. Tudo que eu faço de bom é esquecido e quando mal intencionado, nunca perdoado. Não quero o material, quero o respeito, a consideração. O material? ao diabo. Mas dizem que tudo que é palpável, que é mensurável, prognosticável ou calculável é de igual forma material. Então vamos levar a ansiedade pelo respeito também a análise.

Fruto de muita imaturidade e desejo sexual reprimido na adolescência, está arraigado em mim o desejo de amar, de tentar e fazer dar certo com alguém, alguém errado. O curioso é encontrar o amor da minha vida pelo menos uma vez por ano, alguns anos, cinco vezes por. Soa tão patético quanto realmente é.

Um dia, eu não vou mais sentir isso. Serei mais seco, mais triste, mas não choroso, irreversível e frustrado. Por agora, eu só preciso ter mais tensão e menos tesão. Se não, um dia não amarei o amor verdadeiro. Percebo hoje, que em mim não nasce mais nem má vontade.

"E chega! Há anos peço o príncipe e só me mandam o cavalo." - Tati Bernardi.




Porra!

ATENÇÃO: contém textão. Se vc não está interessado simplesmente continue rolando o mouse pra baixo e não encha meu saco.

Particularmente eu acho muito prematuro conhecer alguém e imediatamente começar um relacionamento sério. Tenho visto namoros aqui pelo Facebook iguais ao mandado do presidente Temer, ninguém entende como começou e tá todo mundo achando um absurdo ainda não ter acabado.

Quero vomitar aqui umas coisas que estão entaladas em mim, mas primeiro esclareço que apesar de eu ser um tantinho prepotente - isso porque todo mundo tem seus defeitos e eu adoro consertar os meus, as minhas opiniões não estão blindadas, não estão numa bolha que as protege ferreamente, isto é, são discutíveis. Isso porque respeitar uma opinião não significa calar-se, isso na verdade é omitir-se, você pode criticar, se houver maturidade gera até uma boa discussão. Mas se você, fino leitor, estiver se sentindo incomodado, perturbado com as minhas opiniões aconselho gentilmente que utilize a opção "Desfazer amizade" aqui deste site. Sem ônus a nossa relação. Certo?

Tendo vos admoestado sobre a legitimidade das minhas opiniões. Vou expor o ponto principal deste comentário.

Dizia eu que acho muito delicado conhecer alguém e imediatamente começar um relacionamento. Não dá pra saber quem a pessoa é em 30 dias. Minha avó sempre diz que a gente tem que comer um quilo de sal com a pessoa pra saber quem ela é. Mas ela também diz que cada qual com o seu cada qual. Ou seja, quem sou eu, pra julgar o que é bom ou ruim para as outras pessoas. Cada um sabe onde o seu calo aperta. Aliás, alguns não sabem, mas dizem que a dor é que ensina.

Eu introduzi a pouco e repito que as minhas opiniões não estão blindadas, e como diria Rubem Alves "Quem não está convicto está pronto a escutar - é um permanente aprendiz. Quem está convicto não tem o que aprender". Por isso sou eu que me ponho na condição de eterno aprendiz. Explico isso tudo como base pra expressar, na verdade, aquilo que é bom senso e deveria ser senso comum. Que nós homens, não amadurecemos nunca. Quem fica amadurecido é o abacate, que por ficar tão maduro, cai e apodrece ou é comido. Nós, continuamos amadurecendo, no gerúndio!

Agora repare o querido leitor que dou um salto com muita delicadeza da introdução para o ponto principal dessa história. Vamos lá. 

Fruto desse não amadurecer nunca, esse ano já me interessei e quase me envolvi com 3 doidos. Você sabe querido leitor, que quando somos solteiros e disponíveis a rotatividade é grande e inevitavelmente você conhece um maluco aqui, outro acolá e quando vê já tem o número da pessoa, ela já foi na sua casa, vocês já transaram uma dúzia de vezes, já sabe um pouco sobre a família da pessoa e por aí vai.

Voltando, esse ano já me quase me envolvi com 3 doidos. O primeiro apareceu numa das minhas noites de procrastinação. Uma noite louca de sexo. A segunda um jantar. A terceira um barzinho. Demorou isso tudo pra eu perceber que o menino era um sanguessuga que só queria pagar de gatinho nas selfies sem gastar um real. Mal terminou a quarta madrugada e no auge da minha grosseria botei o parasita pra fora da minha casa 6 h da manhã. Não vou dizer que eu sou um santo. No auge da minha imaturidade eu estava usando ele apenas pra atingir o meu ex. Acredita nisso? Eu com 26 anos de idade me prestando a baixaria. Chamei o meu ex (um desesperado que viu alguma coisa em mim que eu não sei o que) de madrugada pra vir na minha casa. Quando ele entrou pela porta eu estava completamente nu me agarrando com o vampiro. Foi feio da minha parte, eu sei. Mas eu tinha direito a uma maldade por ano, já usei a de 2017.

O segundo doidinho eu levei pra jantar, tomar uns drinks antes que ele percebesse que era uma presa. Foi uma noite bem divertida até a parte que chegamos em casa semi bêbados, o menino pediu meu notebook pra ouvir música e acabou quebrando a tela do computador que custou quase dois dos meus salários do ano passado. Imediatamente eu tive um mini AVC. Deixei pra lá, porque eu estava mais interessado em devorar o menino como um leão devora um veado. Nem sei se é uma metáfora. Não reclamem da ambiguidade.

Passamos 1 mês sem manter contato só porque o cinismo nos dá gosto pelo jogo do "se você não fala comigo eu não falo com você também". Em seguida nos vimos, noitada, sexo, e uma conversa estranha sobre "não estou pronto pra relacionamento porque acabei recentemente um e blá, e não gosto de sexo casual blá", aquela velha máxima quando você quer ser eufêmico para terminar o que não teve começo. Aliás, pra não se comprometer. Não queria sexo casual apenas pra dispor da imagem, mas tá em aplicativo de putaria com a seguinte legenda "Tô bêbado, quero um oral"? Aliás, não era uma pergunta, é uma constatação. Que feiura, hein jovem? E depois tem a coragem, muita coragem, de quando encontra com meus amigos na balada ficar me enaltecendo, rasgando elogios, enumerando motivos pra explicar porque se sente menos nivelado e blá novamente.

Você não é nada original, é uma cópia de si, um reflexo de tudo que é feio nessa geração. E não é porque eu sou uma pessoa estruturada e você é um zé bostinha profissionalmente que nós não ficamos juntos, é porque você é mentiroso. Porque você só é honesto com os seus. Não pense que a sua postura é algo novo pra mim, não pense que me afeta também, não pense que você decidiu alguma coisa. Não se iluda.

Volto minha fala novamente ao leitor pra dizer que o 3 menino foi o que mais me preocupou. Um sociopata. Imagine só o leitor! Como eu, que advogo alguma sabedoria, talvez vã, esbarro e dou atenção a um sociopata? A verdade é que os sociopatas são extremamente sedutores. Eles se transformam no que você quiser só pra ganhar sua confiança, te conquistar. Tornam-se a sua mais saborosa fantasia. São maliciosos. Primero descobrem todas as suas fragilidades, as brechas óbvias que você talvez não conheça e torna transparentes no cotidiano. Lá fui eu o tonto cai no conto do vigário. Gente, que pessoa linda na primeira semana! Visitas sempre atenciosas, chocolates, ligações perguntando "como foi o seu dia". E quem não quer isso? Afeiçoe-se o leitor.

No primeiro fim de semana o primeiro descontrole. Ataque de ciúmes, uma briga fútil, gritaria até perceber que tinha me desestabilizado. Em seguida uma calmaria que ninguém compreende. Chocolate de novo (Cacau Show, não foi porra de Garoto não) um jantar como pedido de desculpas, um sexo incrível, "queria te apresentar aos meus amigos, a minha família". Poxa, quem recusaria? A minha polidez não permitiria. Os dias que sucederam, 30 ligações por dia, e-mails, mensagens, mandando os amigos me ligarem pra saber "Breno, porque você não atende ele?". Gente, me dê licença que eu tô precisando respirar, ok? Lá vem o doido e aparece dentro do meu quarto, sem ser convidado, sem sequer ser anunciado, eu me deparando com a sua imagem, apavorado sem saber como a criatura tinha conseguido entrar na minha casa. Um pedido de desculpas, "mas eu precisava mesmo te ver, queria saber se você tá chateado comigo". Porra, não é óbvio?

Uma semana depois, ele liga dizendo que está saindo do trabalho e indo me encontrar, quase 23 h me liga dizendo que não pôde ir, teve que ir ao supermercado. Porra, quem diabos passa de 18 h as 23 h dentro de um supermercado? Pondo desse jeito parece que o doente sou eu. Desculpe né, mas que rancho é esse? Eu digo que tá tudo bem, que não se preocupe, afinal eu já estava a caminho de uma festa com os amigos. Ele surta "Volta pra tua casa agora que eu tô indo pra lá, volta agora, volta que eu tô mandando, volta!" Nesses termos, eu é que não voltaria pra casa, não é mesmo? Não sem antes deixar o 190 avisado. Eu que coração tenho, paciência não, bani a criatura da minha convivência.

Quase 15 dias depois ele me manda uma mensagem "terminando" comigo. Acresce o fato de que ninguém tinha começado porra nenhuma. Enfim, parece que alguém não tinha entendido nada. Pediu desculpas, disse que sentia muito pelo ocorrido, que se sentia na responsabilidade de me dizer isso. Eu que já tinha percebido que se tratava de um sociopata tolerei, levei na esportiva. Ademais, sociopatas não tem senso de responsabilidade moral, fingem ter. Mas é uma patologia, né minha gente? Não dá nem pra odiar uma pessoa dessa. Pena também não dá pra sentir. Outrossim, ele é problema do psiquiatra dele. Do fundo do meu coração.

E por isso chega. Chega, que se continuar nesse passo ou eu vou ter que abrir um hospício. Daí eu vou ser diretor ou interno?

Essa semana descobri que um dos contatinhos tava planejando me namorar. Ele é louco, gente? Ele não percebeu que é roubada? A verdade é que eu percebi que mimo o Matheus da mesma forma que mimo o meu gato. Eu sou louco, gente?

Doravante, só me ponho em situações de risco controlado. E como controlar a sandice inteira do mundo? Não existe parâmetros que acalmem o aconchegar que aquece e faz sentir vivo o coração. Se não for com adrenalina eu nem saio de casa.

Obs: Me desculpem a quantidade de porras. Mas porra? Não dá, né.

Obs: Possíveis erros ortográficos vocês, por favor, desconsiderem ou revisem pra mim. Valendo de 0 a 10, GO!


quarta-feira, 26 de julho de 2017

Hard Out Here

Não tenho saúde pra gastar com esses adolescentes de 20 e poucos anos q moram com os pais, não trabalham, e a mamãezinha e o papaizinho q pagam faculdade, sustentam o cigarro, cerveja, academia e a balada da criatura. A linda não põe 1 kg de feijão pra dentro de ksa, mas quer ser levada a sério. Não tem combate. A pessoa não entende q ela tá indo pros 30 anos sem colocar 1 real na previdência? Aí reclama q não consegue arrumar emprego. Coração, olhe pro seu currículo, se vc fosse o dono de uma empresa você contrataria essa pessoa??? Aliás, quantas vezes tu acordou cedo essa semana e saiu pra procurar emprego debaixo do sol quente?

E ainda reclama q tá solteiro (a), q ninguém te quer, que o ex não levou a sério, não deu valor. Meu bem, o seu ex tá é certo! Ele se livrou de um peso. Nos dias de hj não dá pra tá carregando ninguém. Cada um q cuide de crescer na vida. Quem diabos vai querer um problema desses na sua vida? Nenhuma pessoa equilibrada, com vida estável quer se relacionar com uma pessoa imatura q não entende o peso da própria idade.

Depois de ter estudado feito um filho da puta, a gente pensa duas vezes antes de se envolver com uma pessoa q está em posição inferior. E veja, não é uma questão de preconceito, ter ambição é critério mínimo pra a gente ter interesse pela pessoa. Que paixão que nada! Paixão acaba e os boletos ficam.

Vc faz merda, sequer assume a própria cagada e ainda quer ter alguma credibilidade? Adultos q vivem de maneira responsável querem companhia, não problema.

Todo dia tu posta foto em bar com um bando de gente desocupada. Quem gosta de viver em putaria é adolescente, adulto gosta mesmo é de ver os boletos tudo pago. Eu mesmo adorava viver na onda, com 16 anos de idade.

Meô amô, aqui no mundo real tá difícil pras vagabundas.

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Para de loucura Igor!

É assim meu bem, here is the deal:

Eu não tenho intenção nenhuma de te fidelizar. Não quero que se prenda a mim. Primeiro que isso não existe! Ninguém é propriedade de ninguém. A não ser que eu fosse na macumba pra fazer essa amarração. Brincadeira. Pois é, como eu tava te dizendo, vc não escolhe de quem vai gostar, alcóoltece. Por isso sinta-se livre. Sinta-se pleno sempre. Vai adiantar algum caralho eu te dizer pra não ficar com outra pessoa? Se vc quiser ficar com alguém não é a minha permissão que vai te fazer decidir, é o desejo, e o sentimento q vc tem por uma pessoa ou outra. Aliás, só um louco se ilude com amor a primeira vista no século da putaria.

Não se pede ninguém pra ter um compromisso. Você sente. Você sabe que tem um compromisso com a pessoa. Não precisa de papel com marca d'água. Você marca de ir na casa da pessoa e fica ansioso. Você vê um filme, ouve uma música e corre pra contar pra pessoa, porque tem algo dela ali, e a intimidade cobra isso. Fora disso, o resto é balela.

Enquanto nós estivermos nesse ritmo, de nos conhecermos, falar a mesma lingua a gente vai tá bem. Safe and sound. Sem dúvidas, sem dívidas emocionais. Quando acabar o interesse no carinho um do outro, acabou. Isso se acabar, como eu já disse, não dá pra planejar essas coisas. Veja, o fim é um momento importante de qualquer relacionamento. No seu relacionamento com qualquer coisa. Acontece. E ademais, o fim serve de exercício pro autoconhecimento. Daí você se pergunta, por que eu me envolvi com esse doido? O que da minha loucura contaminou ele? O que eu aprendi com esse que eu uso ou não com o próximo? Gente, é aprendizagem de graça! Receba.

Com isso, amizade que segue. E olha que amizade linda: a gente vai ter tanta intimidade que vamos gostar da convivência um do outro. E pelo amor de Deus, não é normal você gastar parte da sua história e do seu tempo com a pessoa e depois fingir que não a conhece. Este é o jazido da imaturidade. Se ficou algo mal resolvido, a gente resolve. Que é o que os adultos de boa fé fazem.

Não precisa de confusão não. Nos poupe dos rótulos, dessa cretinice que é ficar buscando um título pra poder se beijar. Eu não caio nessa nem com nojo.

Se te agradar da proposta me pago da tarefa. Se não, te pago com um piparote e adeus.

Obs: e um dia vou estar rindo disso tudo. Em Londres!

sábado, 10 de junho de 2017

Pois eu não me conformo


I took the phone to call you, but I've give up. Looks like I am stuck here with no way out.. But tell me, is it getting better, or do you feel the same?

You didn't killed me, you killed yourself, when you have decide to canceled everything that we were starting.

Could we fix you If you broke?
You may think that I'm selfish, and I agree with you on that, but you too stubborn. I think you're giving out in way too much in fact. It's just something that you show.

But why you're so scared? Did I disappoint you? And look, you gave me nothing to hold.
I thought I knew myself, but given the circumstances I don't think so.

Now you listen to me, and listen me good, I wanna every single piece of you. I wanna your eyes across my soul. I think we just combining. We just match. Stop being so boring and come to me.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Salto mortal.

Quem não me conhece acha que eu sou uma pessoa grossa, insensível, arrogante e talvez eu tenha uma pitada de cada coisa na minha personalidade. Mas quem me conhece de verdade, meus amigos neste caso, sabe que por dentro eu sou uma bichinha chorona. Se algo me incomoda eu falo mesmo, reclamo, e se achar ruim eu reclamo mais. Desabafo. E se precisar eu choro, choro e se reclamar eu choro com catarro. Não sou fingido. Exponho mesmo a dor, alegria, angústia, felicidade, contemplação.

Não existe ensaio pra vida, tá rolando o tempo inteiro e tem gente que passa sem sentir, sem perceber. Por isso arrisco o tempo inteiro. Roleta russa. Aliás, não faz sentido viver se acovardando.

Vejo amor nas coisas simples. Sou simpático a a banalidade.

E é difícil explicar a alguém o quanto isso me basta. Basta existir pra se ser completo. (Não é Fernando Pessoa?)

E o poeta ficando de lado, sou neurastênico.

Eu quero é botar fogo nessa porra! Salto mortal.

domingo, 4 de junho de 2017

Direto, um pouco prolixo e genérico mesmo.

Não sou o tipo de pessoa q fica aguardando pela outra. Minhas decisões quando não dependem de outrem são rapidamente tomadas. Não é soberba, sou prático. Cada um conhece as suas prioridades e seus limites. Nas minhas relações pessoais não estabeleço prazos pra ninguém. Nem com o gerente do banco, com o padeiro ou com a tia da cantina. Eu que conheço os meus prazos, meus limites, sei até onde vou. Estabeleço os prazos pra mim mesmo. E tampouco desejo mudar as outras pessoas. Detesto me indispor. Eu resolvo. E ademais, cada coisa é o que é.

Sou extremamente dedicado e devotado as pessoas que me acompanham, mas não sou benevolente com negligência. Como profissional eu tento fazer milagre, até porque me pagam pra isso. Não abdico de nada que me compete. No pessoal, porém, uma facilidade para desistir.

A pessoa roda, roda, encontra e descarta. E quem quer estar cagando pra única coisa mais importante da vida?



segunda-feira, 8 de maio de 2017

Vá devagar com o andor que o santo é de barro.

As pessoas acham que quando você é jovem, mente aberta, tem bom humor elas podem dizer o que elas querem que não te ofenderá jamais.

Eu sou ridicularizado desde quando a minha memória se recorda, desde muito pequeno. Em 2014 eu pedi demissão de um órgão público após 11 meses de trabalho por que entre outros motivos, todos os dias eu era OBRIGADO a escutar piados homofóbicas TODO SANTO DIA. Eu trabalhava num setor com mais de 20 pessoas onde TODAS tinham nível superior, a maioria com Mestrado e um até com Doutorado, o que demonstra, claro, que título não educa ninguém.
Eu nunca recebi apoio nem sequer das minhas famílias pra ser quem eu sou. Eu não fui criado pra ter uma mente emancipada, mas condicionada a fazer a vontade alheia. Justamente por isso quer na família, quer na escola, em todos os ambientes eu sempre tomei o caminho absolutamente mais difícil.

Desde os 17 anos eu já trabalhei em vários lugares, destes, quatro foram órgãos públicos, 3 Secretarias de Estado e 1 Instituto de Pesquisas. Nas secretarias com todo o meu esforço pessoal jamais fui condecorado com algum cargo que levasse ao crescimento profissional. No Instituto de Pesquisas meu orientador me ignorava o que podia, sequer me olhava nos olhos. O tratamento comigo em relação aos outros alunos era discrepante. Principalmente com as meninas era uma atenção e carinho desmedido, comigo, gritos, palavrões e toda sorte de ação que se configura como assédio moral. Fui mais uma vez negligenciado. Como ainda é hoje, isso me doía. Fazia acreditar que eu não era bom no que fazia, que não tinha competência, que não conseguiria fazer além do medíocre. Contrariando as expectativas do meu ex-orientador hoje eu sou professor e concursado, igual a ele. E os demais alunos a quem ele devotou tanta atenção? Alguns sequer chegaram a se graduar.

Eu sinto na pele todos os dias o preconceito. Não acaba e nem fica pouco. E não é algo que todo mundo percebe, a mor parte é velado. É a forma como me olham dos pés a cabeça. Quando como me dizem "Nossa, você é professor? Você não tem cara de professor." Como se precisasse ter cara e não competência para ser professor.

Outro dia um aluno me perguntou se eu não tenho medo de andar com um celular "tão caro". Respondi que eu sinto medo o tempo inteiro, e não pelo celular, se apenas me roubarem eu compro outro. Eu vivo no Brasil, o país onde mais se mata gays por crime de ódio, e onde os assassinos ficam impunes. E ainda tem gente que diz que ser homossexual é questão de escolha. Quem em sã consciência escolhe tão fardo pra si?

A maioria das pessoas simplesmente não se solidariza com o sofrimento dos gays. Ainda hoje os gays, sobretudo os que são classe média pra baixo enfrentam diversos obstáculos na vida pessoal e profissional. Isso porque, claro, homem gay rico não é gay, é rico. Numa sociedade onde ter dinheiro é ter poder, quem desrespeita gay rico? Uma coisa é ser gay em Copacabana. A outra é ser na Favela da Rocinha. Um é o homossexual, o outro veadinho. E cá entre nós, só quem nega a existência do preconceito é quem pratica o preconceito.

O pior de tudo é que dentro da própria comunidade LGBT existem opressões. O "não assumido", o "discreto", o "que não se envolve com afeminado por questão de gosto". Todos esses rótulos, toda essa rejeição gera cada vez mais distanciamento entre a comunidade e fomenta o ódio dos ignorantes.
Por estas e muitas outras razões que eu não tolero quem tenta ridicularizar minhas opiniões. Não suporto quando me interrompem quando estou falando. Ninguém faz isso com homens brancos heterossexuais que ocupam cargo de chefia. Não é porque eu sou brincalhão que você pode me dizer o que quiser. Eu não sou uma palhaçada. Eu sou uma pessoa integra, digna, honesta e mereço respeito como todo mundo.

Eu me recuso, me nego a ficar dando sorrisinho e me humilhando pra conseguir atenção e apoio. Nunca usarei heteronormatividade pra me proteger. Covardia não é comigo. Principalmente em local de trabalho, subserviente é cargo comissionado que pra se manter no posto atende exclusivamente aos interesses alheios, alienando o seu trabalho.

Podem apontar o dardo nas minhas contas, pois eu não nasci pra ser fútil, cotidiano e de companhia. Jamais deixarei de manter postura alinhada aos interesses do coletivo só pra me manter em cargo. Meu perfil profissional é totalmente probo.

Eu cheguei aos 26 anos onde cheguei foi com muito esforço, seguindo os meus valores e crenças, não por amizade com chefe ou negando minha existência.