Neste mundo assaz vasto, onde tudo é tão pioneiro, onde cada sensação marca como cicatriz... a conheci.
Uma existência superiormente interessante, um olhar penetrante que me dizia exatamente o que queria. Não bastou algumas horas de conversa, veio a certeza de que esta seria uma noite intensa. As horas passavam, os risos bobos se multiplicavam, a vontade de não se largar aumentava e quando calados não se sabia ao certo se deveríamos dizer algo ou simplesmente deixar que os olhos se comunicassem.
Sucedeu desta forma, estávamos no mesmo ambiente, dos menos prováveis de conhecer alguém que seja comum a semelhança. Os olhares disfarçados, as quinhentas idas a mesma mesa de frios como pretexto para uma tentativa de início de conversa. Não demorou e a conversa tinha que começar da forma mais descabida. O ambiente era chato, confesso, resolvemos sair de lá correndo para outro lugar onde pudéssemos nos preservar do mundo todo. Bebemos, comemos e já eram 23h:30 e então pra que ir para casa? Ficamos juntos. Os toques, olhares, o cheiro, o copo de água, o atrevimento foram decisivos para troca de adrenalina. Sabia que teria de lhe deixar pela manhã, mas porque não passar a noite tirando suspiros de cada parte de seu corpo? Aquilo já tinha ido longe demais e tudo tão erótico e preliminar... não tinha como voltar.
Não era a primeira vez que ouviam aquelas sentimentalidades, mas o orgulho aumentava acrescentando a si mesmo um êxtase que só seria avaliado pela manhã. De mãos dadas, acreditando na noite passada, trocamos números, e-mails, endereços e todas as facilidades para dar a certeza de que não teria sido one-nights-stands. Faz frio, estou frio e a delicadeza da noite que me reserve muitas outras noites. Os olhos cansados, as promessas dadas, que calmamente o escurecer me dê as respostas nos olhos de Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário