De Belo Horizonte à Brasília vinha muito alegre, esperançoso. Lembrava de todos os detalhes tão vivos e bem guardados. Não aqueles detalhes das ofensas, das brigas, dos gritos, mas dos afetos, dos olhares, dos toques leves sobre o meu corpo muito excitado. Imaginava te dizer coisas novas, prometer um futuro bom com muito carinho e atenção, deixando o que foi dito e feito para o passado. Desde a quinta-feira já me jazia em amargura. Não dava mais.
Desembarquei no Juscelino Kubitschek e no meio de toda àquela confusão - porque tinha encontrado o Dinho Ouro Preto do Capital Inicial, avistei uma loja de variedades e entre elas uma Rosa, grande, bonita e muito sedutora. Não demorou segurá-la e tinha certeza de que iria comprá-la. Comprei. Este seria um presente bem oportuno e bem mais elaborado a você. Pelo menos tinha mais representatividade que a Cachaça de Minas que você me pediu.
Já no avião, segurando-a e admirando sua delicadeza contrastada com força, pensava ser muito provável que você estivesse no portão de desembarque com o coração nas mãos pronto a me entregar, de forma pura, sem choro, sem mágoa. Nós nos beijaríamos em público e sairíamos de mãos dadas sem nem olhar para trás. A aeromoça me perguntou se a rosa era um presente, disse a ela que sim, um presente a quem era muito importante, minha vida. Ela sorriu, disse que esperava que houvesse mais homens românticos no mundo e riu de novo.
Durante as longas horas sentado, me vinha o sono e eu começava a ter lapsos de nossas memórias boas, acordava assustado temendo ter machucado a rosa. Ela ainda muito viva parecendo que concordava com o meu plano. Mas descendo do avião, você não estava lá. Até então tudo bem, porque nós não tínhamos combinado nada. Ligando para o seu telefone, você não atendia. Me equilibrando entre bagagens e sentimentos, trazia a rosa já não tão vermelha.
Ao chegar a casa e ouvir "Thank You" da Dido, mesmo sem muita conexão com aquele dado momento. Você não retornou as ligações com tanta urgência, não me ouviu e nem viu àquela rosa. Foi triste ver a rosa murchar, toda sem propósito, toda sem mais nenhum sentido.
Durante as longas horas sentado, me vinha o sono e eu começava a ter lapsos de nossas memórias boas, acordava assustado temendo ter machucado a rosa. Ela ainda muito viva parecendo que concordava com o meu plano. Mas descendo do avião, você não estava lá. Até então tudo bem, porque nós não tínhamos combinado nada. Ligando para o seu telefone, você não atendia. Me equilibrando entre bagagens e sentimentos, trazia a rosa já não tão vermelha.
Ao chegar a casa e ouvir "Thank You" da Dido, mesmo sem muita conexão com aquele dado momento. Você não retornou as ligações com tanta urgência, não me ouviu e nem viu àquela rosa. Foi triste ver a rosa murchar, toda sem propósito, toda sem mais nenhum sentido.
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