Mamãe ligou dizendo que meu cabelo estava muito comprido. Que achava feio. Disse-lhe que não chorasse, o cabelo é meu e vai ficar assim.
Neste exato momento eu estou muito casado, das opiniões, dos rostos recriminando. Mas não cansado o suficiente para dizer que tenho corações fora do peito. Cansei mesmo e agora não mais aquela paura, de ser encarcerado pra ficar seguro. Porque quem não dança, não fala, não tem coragem. Então eu estou saindo, e vai ser assim. Preciso terminar tudo aqui e ir sentir o sol de Recife, a noite aquele saxobeat em Olinda.
Me dá aquela orelha de novo, um dedinho de prosa, vamos trocar mais uma parole. Quero ver e sentir a porta da alma. Eu quero olhar as luzes que teus olhos não me têm deixado ver, que é pra não me matar de dor. Quero calado te mostrar que todas as tardes serão suas, te constrangendo com o meu olhar fixo.
Insisto, eu preferiria mais um dedinho de prosa, o café arábica e tirar tuas roupas quase que arrancando do corpo, com a urgência que sinto. Eu quero mais. Quero te penetrar ouvindo Last Kiss e a cada suspiro, cada gemido teu sentir que essa música faz todo sentido, enquanto me arrepio, para não me arrepender de ter te chamado de amor.
Não me leve a mal, com todo defeito, te levo no peito. Aproveite cá o nosso momento para não encher o peito de quizás. Venha simples, porque eu preciso assistir Brasil e Inglaterra em 6 de fevereiro com você. Aceite, aceite sim, sem me questionar. Desista às vezes de ser tão original.
Me surpreenda com coisas boas. Sorria mesmo quando me ver, disfarce o olhar para me importar quando parecer tão intrigante. Não me faça ciúmes, me faça gozar, gozar da companhia, da oportunidade, dessa vida, de nós dois.
Estas coisas, não conte a minha mãe. Ela não sabia que eu iria crescer, ela não sabia que existia este outro parto de partir. Me faça querer, para dizer, que seja recíproco: "Te vejo amanhã.".
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