Como todo ano, faço minha própria limpeza na vida. Cada um
ano que se passa me enriquece e me empobrece. Este ano poucas coisas de ruim
aconteceram, não posso me reclamar. Das bagagens que pretendo pôr na esteira e
esperar do outro lado, vou esperar que as pessoas de bom coração me levem. Este
ano foi tão corrido, tão visionário, tão cheio de promessas e as mais
inusitadas foram as que ficaram. Aquelas que eu nem mesmo sabia que existiam,
agora perduram. Me sinto pleno, me sinto deveras satisfeito.
Já nem ligava, nem o esperava, o imprescindível, o bom. Imaginava a morte ao pé da cama, pedindo-lhe apenas mais um minuto. Um raio de sol me rachando a consciência e a vontade de ter feito tudo diferente. Precisava ouvir, precisava me acreditar, um empurrão para fora do mundo que eu mesmo criei. O mundo onde as coisas não funcionavam, se resignavam, eram burocráticas e soavam tão patéticas quanto realmente eram. Não tinha forças, não queria, não ia sair dali, daquele mundinho sujo, daquelas pessoas indesejáveis com seus ambientes forjados.
Lá pelo meio deste derradeiro ano, vi uma orelha, olhos muito sérios de japa, um cultura lá do sul, um todo desprendido do mundo convencional, transformador da própria realidade, salvador da própria pátria. Fazia um tipo sério, centrado, bem resolvido, mas todo emocional, sentimental e verdadeiro com o que acreditava. Peguei, me apaguei, me agarrei, me deixei enlaçar por aquele revolucionário das grandes causas. Ele me dizia cousas, me obrigava a desconstruir o que eu tinha como realidade. Gemia no meu colo, me chamava de amor e tudo era brindado com açúcar e afeto, histeria e ironia.
Me fez perceber o quão grato eu sou a vida, o quanto desejo mais viver, viver bem. Me intrigou, me irritou e fez convencer a ser um eterno aprendiz, a ser convicto. Me deu as mãos, se cegou, me acreditou e me disse "vai para frente". Eu já havia decidido levar esta ébria boca, dentes, lábios, levo essa saliva que desce por um fio molhado de tesão. Guardei tudo. Guardei por dentro que é inviolável. Faço isso tão somente porque me fez conhecer a divina delícia, suave tortura deste amor. Não escondo mais, me permito estar em paz, de 2012 vou levar Leonardo.
Já nem ligava, nem o esperava, o imprescindível, o bom. Imaginava a morte ao pé da cama, pedindo-lhe apenas mais um minuto. Um raio de sol me rachando a consciência e a vontade de ter feito tudo diferente. Precisava ouvir, precisava me acreditar, um empurrão para fora do mundo que eu mesmo criei. O mundo onde as coisas não funcionavam, se resignavam, eram burocráticas e soavam tão patéticas quanto realmente eram. Não tinha forças, não queria, não ia sair dali, daquele mundinho sujo, daquelas pessoas indesejáveis com seus ambientes forjados.
Lá pelo meio deste derradeiro ano, vi uma orelha, olhos muito sérios de japa, um cultura lá do sul, um todo desprendido do mundo convencional, transformador da própria realidade, salvador da própria pátria. Fazia um tipo sério, centrado, bem resolvido, mas todo emocional, sentimental e verdadeiro com o que acreditava. Peguei, me apaguei, me agarrei, me deixei enlaçar por aquele revolucionário das grandes causas. Ele me dizia cousas, me obrigava a desconstruir o que eu tinha como realidade. Gemia no meu colo, me chamava de amor e tudo era brindado com açúcar e afeto, histeria e ironia.
Me fez perceber o quão grato eu sou a vida, o quanto desejo mais viver, viver bem. Me intrigou, me irritou e fez convencer a ser um eterno aprendiz, a ser convicto. Me deu as mãos, se cegou, me acreditou e me disse "vai para frente". Eu já havia decidido levar esta ébria boca, dentes, lábios, levo essa saliva que desce por um fio molhado de tesão. Guardei tudo. Guardei por dentro que é inviolável. Faço isso tão somente porque me fez conhecer a divina delícia, suave tortura deste amor. Não escondo mais, me permito estar em paz, de 2012 vou levar Leonardo.
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